segunda-feira, 28 de julho de 2008

Aviso.

Foda-se o Antônio por enquanto.
Nesse momento tenho árvores pra podar.


Até a vista.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Post 5 - Jogos.

Joss entra no bordel, observa o movimento do local onde se encontra o cara. O nome dele é Sérgio.
15 minutos depois ela chega, estranho o "muito" tempo que ela passou lá dentro, só pra observar o movimento?
O que posso fazer, estou dependendo dela pra isso. Dois seguranças me revistam, não encontram o canivete (estava escondido num buraco da calça, bem no bolso), pelo visto, só tem esses dois na guarda do boteco.
Não vejo mais a Joss, devo ter me perdido dela, antes ela me mostrou onde o Sérgio estava, numa sala perto da área de fumantes.
Fecho a mão e entro com tudo na sala, não o vejo, percebi uma coisa errada, tinham 2 sombras na minha frente refletidas pelas costas, olho pra trás e sou surpeendido novamente com uma cadeirada (que não foi tão forte). Revido com um único murro na testa dele, "K.O. I'm winner!"
Ele cai de cabeça como uma árvore sendo derrubada por uma serra. Vasculho seus bolsos, só encontro R$1,50:

-PORRA! Que mixaria é essa? Eu quero o que me deve seu puto.

Sei que 30 conto é pouco, eu estava mais interessado era no troco.

-Isso é o que acontece com quem me enrola.
(Peeeeei!)

Puta, não sei como a cabeça dele não abriu, pulei de cima da cadeira que ele jogou nas minhas costas na cabeça dele...
Sinto o pulso, ele ainda vive. Escrevo no peito dele com o canivete "Tony (L)".
Caralho, agora me veio a mente, como ele sabia que eu estava lá na sala?
É... Isso mesmo que vocês estão pensando.
Por que não duvidei da vadia logo?
[continua...]

Post 4 - A praça.

Realmente, agora não tenho nada a perder.
Sem mulher, sem filho (é.., ele nasceu e eu não o vi), pra falar a verdade, é ele o centro dos acontecimentos..
Não tenho aonde passar a noite, vou na casa de um grande brother de infância arriscar dormir no chão.
Ele me acolhe sem problemas, tomo um banho e me visto com umas roupas emprestadas, desço até a cozinha, preparo um café e armo um diálogo mental do caçador e da preza.
É noite e não tenho sono, afinal, passei o dia todo na rua, perambulando sem energias, depois de um tempo elas se recuperam e você nem percebe..
Agradeço ao Juan, é, ele se chama assim depois de virar o garanhão do colégio em anos passados..
Preciso sair, ele me oferece força caso eu precise, me dá umas fichas para o orelhão, o número da residência e um canivete.
Fecho a porta, faz frio do lado de fora, mesmo assim, tiro a camisa, meu sangue ferve e eu sinto isso.
Só de planejar a reviravolta, ele vai se fuder.
00:00, já na praça Aroldo, muitas e muitas putas, vagabundas, travestis, ...
Me perco naquela merda, uma vadia se destaca no meio das outras(..), hun.

-Onde fica o puteiro?
-Aonde você quiser, por um preço que pelo visto você não pode pagar.
-Deixa de doce, eu não sou como os outros, tenho controle.
-Hun, vamos ver..

Ela enfia a mão no meu saco, é difícil (confesso que não disse a verdade quando falei que tenho controle ;x), mesmo assim, é em vão, puxo 1 cigarro e ofereço pra ela, olhando diferente, aceita e tira a mão do meu saco.
O nome dela é Joss, é bela, e me parece ser ambiciosa, do jeito que eu gosto.
Sentados num banco de praça, ela me pergunta o motivo de ir ao bordel, eu respondo:

-Quero dar um jeito em um cara.
-Hun, estamos na mesma cama, também quero fazer isso.
-É, pelo visto você conhece o movimento lá dentro.
-Sim, posso te ajudar.

Ela levanta e me puxa pelas mãos me levando em direção ao point.
[continua...]

terça-feira, 22 de julho de 2008

Post 3 - "Amigos"..

Sim, acabo de lembrar quem eu sou, porquê estou aqui, como cheguei aqui, e agora, pra onde estou indo.
Tenho na mente uma cena, fizemos uma aposta, eu e mais 2 amigos, quem prendesse a nuvem preta por mais tempo no pulmão levava a bolada, é, eu sei que isso é uma coisa infantil mas quando se está com os amigos, vale quase tudo. Acho que cada um apostou 25. Antes de fazer o estrago (entendeu? ;x), virei 2 canas na boca e dei aquele puxão. Puta, fácil fácil ganhar deles, em compensação, não vi mais nada depois dessa merda que fiz. 75 folhas divididas por 2, R$37,5 no cú deles.
Hoje estou aqui, sentado nessa merda de calçada em frente a um hospital, com 1 conto no bolso, é(..), minha mente me condena por hábitos egoístas que tenho, o que posso fazer?! Só tenho em mente duas coisas, duas vinganças.
É, pode ser que no decorrer eu me recorde de fatos que aconteceram.. Assim espero.
Levanto da calçada, acredito que meus centavos não dê para pegar um ônibus. Sei onde moram, e é aonde estou indo, na casa de um deles, sem transporte, uso as pernas.
Ao chegar no lar, percebo não há ninguém. Tenho uma lembrança de que todo esse enredo partiu de um bar, oh, melhor dizendo, um bordel perto da praça Aroldo Vasconcelos, sim, sim, chama-se "Doses noturnas", isso, isso mesmo. Irei fazer uma visita ao meu grande.. "amigo".
[continua...]

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Post 2 - Não foi dessa vez.

Ah, no primeiro post esqueci de me apresentar.. Me chamo Antônio, pode não fazer diferença. Começo a lembrar de algumas possibilidades de como púde parar aqui, é isso.
Acho que saí para usar drogas com uns maníacos do bairro seguinte, bebidas, maconha, quem sabe os dois?! Passei uns dias fora, estava entediado e deprimido, mas a expectativa de ganhar um filho não era muito paciente, então eu não estava paciente.
Tenho barba a fazer, no bolso da minha blusa tem um maço com três cigarros. Meu hálito fede, sinto gosto de fígado podre.
Não sei se ainda tenho mulher, se tiver, é lucro.
Levanto do chão e abro um grande bocejo, vasculho os bolsos da calça, R$1,75, que bom, pode ser pouco mas é o suficiente.
Me dirijo à um funcionário que no momento faxinava o corredor, pergunto-lhe que horas são, ele responde:
-10:22

Agradeço e faço mais uma pergunta.
-Ah, valeu, onde que fica o banheiro?
-No fim desse corredor à direita.
-Ali?
-É..
-Valeu denovo.

Chegando lá, levanto a tampa do vaso e espero os dejetos jorrarem pela boca (cito "dejetos" porque pra mim não faz diferença cagar ou vomitar). Caralho, o gosto batida não é muito bom.
Dou descarga naquilo, vou até a pia, lavo o rosto e a pego direção da porta de saída do hospital.

Sento na calçada, no lado de fora da "indústria da cura", penso como cheguei ali.
Eh, acabo de lembrar.
[continua...]

domingo, 20 de julho de 2008

Post 1 - O nascimento.

Desperto de um sono sem igual, não sei se é dia, noite, não sei onde estou, meus olhos não abrem direito, parecem inchados, ouço choros de criança e vozes, tipo os sons de um hospital, é(..), pelo visto eu nasci, logo penso.
Cadê meus pais? Alguém chega próximo (suponho que seja um doutor) e fala entusiasmado:
-Parabéns, é um belo garoto!

Eu dou um grande sorriso de felicidade, mas ao olhar pro lado, vejo o médico entregando um bebê nas mãos de um rapaz.
Eh, não fui eu..
Pra falar a verdade, eu não lembro bem quem sou, recordo-me de um cotidiano podre e triste, é, ainda não olhei pra baixo, estou deitado na porra de um corredor de hospital, sujo e fedorento olhando o triste "teto", seria eu um feto descartado, abandonado por uma pessoa sem condições? com condições mas sem amor? ou até sem amor e sem condições?!..
Finalmente olho pra baixo e vejo o meu corpo ensanguentado, caio na real de que não sou um pobre e imundo feto, e sim, um desgraçado sem futuro. Observo que minhas mãos estão manchadas de vermelho, deve ser do meu rosto, e pelo visto, devo ter tomado uma pequena surra de alguém, meus olhos continuam semi-fechados graças ao inchasso.
É, esse é o início do dia 19 de Maio de 1991.
[continua...]

Projeto base.

Pra começar, acabo de montar esse projeto interno que chamarei de "cocô mental".
Consiste em expor uma viagem (minha ;x) criada no bloco de notas que irei postar ao decorrer dos dias.
Cada dia postarei um episódio e assim, sucessivamente.

No começo, não terei leitores, isso é fato, mas foda-se, se eu tiver é lucro.
Saúde!
 
Um brinde a loucura!