domingo, 20 de julho de 2008

Post 1 - O nascimento.

Desperto de um sono sem igual, não sei se é dia, noite, não sei onde estou, meus olhos não abrem direito, parecem inchados, ouço choros de criança e vozes, tipo os sons de um hospital, é(..), pelo visto eu nasci, logo penso.
Cadê meus pais? Alguém chega próximo (suponho que seja um doutor) e fala entusiasmado:
-Parabéns, é um belo garoto!

Eu dou um grande sorriso de felicidade, mas ao olhar pro lado, vejo o médico entregando um bebê nas mãos de um rapaz.
Eh, não fui eu..
Pra falar a verdade, eu não lembro bem quem sou, recordo-me de um cotidiano podre e triste, é, ainda não olhei pra baixo, estou deitado na porra de um corredor de hospital, sujo e fedorento olhando o triste "teto", seria eu um feto descartado, abandonado por uma pessoa sem condições? com condições mas sem amor? ou até sem amor e sem condições?!..
Finalmente olho pra baixo e vejo o meu corpo ensanguentado, caio na real de que não sou um pobre e imundo feto, e sim, um desgraçado sem futuro. Observo que minhas mãos estão manchadas de vermelho, deve ser do meu rosto, e pelo visto, devo ter tomado uma pequena surra de alguém, meus olhos continuam semi-fechados graças ao inchasso.
É, esse é o início do dia 19 de Maio de 1991.
[continua...]

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Um brinde a loucura!