quarta-feira, 23 de julho de 2008

Post 4 - A praça.

Realmente, agora não tenho nada a perder.
Sem mulher, sem filho (é.., ele nasceu e eu não o vi), pra falar a verdade, é ele o centro dos acontecimentos..
Não tenho aonde passar a noite, vou na casa de um grande brother de infância arriscar dormir no chão.
Ele me acolhe sem problemas, tomo um banho e me visto com umas roupas emprestadas, desço até a cozinha, preparo um café e armo um diálogo mental do caçador e da preza.
É noite e não tenho sono, afinal, passei o dia todo na rua, perambulando sem energias, depois de um tempo elas se recuperam e você nem percebe..
Agradeço ao Juan, é, ele se chama assim depois de virar o garanhão do colégio em anos passados..
Preciso sair, ele me oferece força caso eu precise, me dá umas fichas para o orelhão, o número da residência e um canivete.
Fecho a porta, faz frio do lado de fora, mesmo assim, tiro a camisa, meu sangue ferve e eu sinto isso.
Só de planejar a reviravolta, ele vai se fuder.
00:00, já na praça Aroldo, muitas e muitas putas, vagabundas, travestis, ...
Me perco naquela merda, uma vadia se destaca no meio das outras(..), hun.

-Onde fica o puteiro?
-Aonde você quiser, por um preço que pelo visto você não pode pagar.
-Deixa de doce, eu não sou como os outros, tenho controle.
-Hun, vamos ver..

Ela enfia a mão no meu saco, é difícil (confesso que não disse a verdade quando falei que tenho controle ;x), mesmo assim, é em vão, puxo 1 cigarro e ofereço pra ela, olhando diferente, aceita e tira a mão do meu saco.
O nome dela é Joss, é bela, e me parece ser ambiciosa, do jeito que eu gosto.
Sentados num banco de praça, ela me pergunta o motivo de ir ao bordel, eu respondo:

-Quero dar um jeito em um cara.
-Hun, estamos na mesma cama, também quero fazer isso.
-É, pelo visto você conhece o movimento lá dentro.
-Sim, posso te ajudar.

Ela levanta e me puxa pelas mãos me levando em direção ao point.
[continua...]

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Um brinde a loucura!